sábado, 8 de novembro de 2008

Abençoado

Não há como negar que a vitória do democrata Barak Obama à presidência dos Estados Unidos fez um bem enorme para a auto-estima dos "bronzeados" - como disse Berlusconi ao se referir ao presidente eleito. Mesmo que Obama se declare mestiço e um candidato pós-racial. Mesmo pertencendo à elite intelectual o que possibilitou o acesso as melhores universidades. Nada disso no entanto o livrou do preconceito na escola e do envolvimento com drogas. A vitória de Obama - que em dialeto do Quênia, terra natal do seu pai quer dizer abençoado - como presidente do país mais poderoso do mundo e de maioria branca , onde a questão racial é bastante latente veio como um sopro de esperança. O homem conseguiu atrair para si expectativas e sonhos de muitos. Talvez alguns não consigam ter a dimensão desse acontecimento, mas até os anos 60, casamentos entre negros e brancos - caso dos pais de Obama - eram considerados crimes em vários estados americanos. E ainda no início dessa década a eleição de um presidente negro nos Estados Unidos era obra de ficção, possível apenas em produções cinematográficas e séries de TV. Por essa ótica, não é mesmo fabuloso?

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