quarta-feira, 27 de maio de 2009

Revival

Ando com uma preguiça enorme de postar...Enquanto não passa, alimento o blog com flashs que considero bacanas - poesia, música e filmes. Escarafunchando a memória, tirei algumas dicas dos baú. Filmes e músicas inesquecíveis. Para (re)ver e se emocionar sempre...


A Cor Púrpura


O Clube da Felicidade e da Sorte


Cinema Paradiso


E para se divertir com estilo, uma comédia de erros de Shakespeare
Muito Barulho por Nada


Ou algo mais contemporâneo...dos anos 80. Delícia descompromissada...


Uma superprodução global sobre um clássico...

Os Maias


E essa obra remete aos bons tempos do Madredeus... E a voz incomparável de Teresa Salgueiro


E pra fechar, mais Madredeus com a melancolia de Ilha de Açores...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alimentando a alma


DOM

Deus dá a todos uma estrela.
Uns fazem da estrela um sol.
Outros nem conseguem vê-la.

(Helena Kolody)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

13 de maio

A apresentadora do programa infantil abre o programa lembrando que a data de hoje é muito importante. Há 120 anos, a princesa Isabel assinava a lei que acabava com a escravidão no Brasil. E pra arrematar cantou: "liberdade, liberdade abre as asas sobre nós.." Uai, esse não é o hino da proclamação da República? Pensei comigo: a japa (Dani Tominaga) endoidou...Afe!

Londrina e seus bichos

Já faz tempo que galos e pombos são assunto na cidade. Tanto em rodas de moradores da área central como em reuniões de gabinetes que discutem a limpeza e saúde pública. A verdade é que galos e galinhas ciscando pra todo o lado no Bosque não tem nada de pitada bucólica em meio a urbe. Na prática, significa muita sujeira – porque ave também faz suas necessidades fisiológicas – e mau cheiro. Além de hospedar piolho de galinha.



Com os pombos é a mesma coisa elevada à quinta potência. Embora as aves tenham defensores ferrenhos, na verdade, empestearam a cidade com muita m....Quando chove, a área central fica quase que irrespirável. Hoje ninguém sabe mais o que fazer para se livrar delas. E com tempo seco, a sujeira seca fica lá e não pode ser varrida porque oferece risco à saúde.

Gansos
A bola da vez agora são os gansos do Lago Igapó. Levados para o local há nove anos hoje já se fala em superpopulação à vista. Para evitar, a proposta é castrar os machos. Outra polêmica à vista, porque as aves são bastante simpáticas com aquele jeitão de coreografia de grupo.



Houve um tempo em que quem freqüentava as margens do Igapó eram ovelhinhas famintas para dar fim às moitas viçosas que prosperavam. Opção mais econômica por falta de trabalhadores manuais. A inusitada iniciativa do então prefeito Wilson Moreira entrou para a história. Um desses deliciosos temperos da narrativa oficial.

Você sabia?
Exercício de cultura inútil, prática cada vez mais usual nesses tempos mu-der-nos. A expressão “afogar o ganso”, segundo artigo publicado pelo estudioso Fernando Kitzinger Dannemann, vem da China. Em tempos bem bem distantes, os chineses que não tinham companheira, não queria jogar cinco contra um e nem condição de pagar por profissionais, satisfaziam suas necessidades sexuais em gansos. Poucos antes da hora H, eles mergulhavam a cabeça da ave na água, para que as contrações anais da vítima lhes dessem maior prazer. Hoje, dizem, já não é mais assim, mas a expressão ficou. Depois, dizem que vida de ganso é fácil...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Para sempre na memória

Era menina ainda, usava guarda-pó branco no banco escolar, quando aprendi esse poema em homenagem às mães. Lembro-me que a classe toda ensaiou como jogral. Para quem não sabe - jogral é como se fosse um coral, falado dentro de uma ordem, o que confere musicalidade e ritmo à declamação. Pega-se o texto ou a poesia e divide em versos, que são declamados por 1, 2, 3 ou quantas vozes quiser. Marcou-me profundamente, tanto que ainda hoje, lembro-me de cada palavra do poema de Drummond. Minha homenagem às mães, donas de todos os dias...



PARA SEMPRE

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade